terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tempo de viagem

Caminho por caminhos sinuosos
Sem sair do meu lugar
(Isto, se é que tenho um)
De olhos estupidamente abertos
E nada vislumbro,
Culpa do rasteiro sol matinal
Ainda coladinho ao ombro
Do monte velho...
Mesmo sem nada ver,
Sigo com o meu caminhar
(Seja qual for o destino, não importa).
                                        

  Respiro.

Caminho por caminhar,
Para não estar parado, imóvel...
Mas estou envolto em inércia pura,
Ligeiramente agitada pelos movimentos
De rotação e de translação
E pelas viagens do meu pensamento inquieto.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Amor?

Desprovido de bom senso,
Canto baixinho uma melodia
E ouço o Mundo.
Escrevo o Amor por extenso
O Amor nosso de cada dia
E, de alívio, respiro fundo.

Tenho um nó no pensamento,
Coisa rara, coisa rara.

(Escuridão)

O tal Amor alumia o momento
E, o Mundo nem repara.

Falta-me a certeza.
Mas que interessa?
É um Amor-surpresa
Sem pressas, sem pressa.