Pouco ortodoxo na forma
E, talvez, intrigante de sentido.
Um sentimento claro e contido
Que a minha fúria deforma.
Um conjunto de letras agrupadas,
Umas frases que me deixam despido
Em desabafo quase desmedido
Que desperta coisas malvadas!
Acontece, por fim, a tardia libertação
Seguindo o protocolo do estratagema.
É pena que seja um ciclo em rotação...
Não há como contornar o problema
E se persistir só há uma solução:
Insistir, e escrever outro poema.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Algo mais
No que me tornei,
No que o tempo me transformou.
Um pedaço disforme e confuso
De qualquer coisa que desconheço.
Olhar o céu, e quase lhe tocar
Sem poder acordar do sonho
É um dilema moral que me atormenta,
Que me tolda os sentidos...
A noite envolve-me com ternura
Mas não me acalma nem me conforta
Só me trás mais ansiedade e desejo
Pelo amanhecer que tarda em chegar.
Lá fora, o movimento agitado
De começo de um novo dia.
Cá dentro, nada de novo,
São as dores do costume.
É triste não fazer ideia nenhuma
Sobre o propósito da minha existência.
Não nasci predestinado a algo nobre
Apenas nasci.
No que o tempo me transformou.
Um pedaço disforme e confuso
De qualquer coisa que desconheço.
Olhar o céu, e quase lhe tocar
Sem poder acordar do sonho
É um dilema moral que me atormenta,
Que me tolda os sentidos...
A noite envolve-me com ternura
Mas não me acalma nem me conforta
Só me trás mais ansiedade e desejo
Pelo amanhecer que tarda em chegar.
Lá fora, o movimento agitado
De começo de um novo dia.
Cá dentro, nada de novo,
São as dores do costume.
É triste não fazer ideia nenhuma
Sobre o propósito da minha existência.
Não nasci predestinado a algo nobre
Apenas nasci.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Dúvidas
Hoje preciso de ti.
Hoje preciso de ti.
Nem existes sequer,
Nem tão pouco te conheço
E acho que nem mereço
Faça eu o que fizer.
Quero estar sozinho,
Ouvir o silêncio,
Ler a minha alma.
Quero descobrir algo
Sem saber ao certo o quê ou quem...
Nem sei onde devo procurar.
E tudo isto é um devaneio pertinente.
Dói-me o peito
De tão acelerado que está o meu coração.
Dói-me a cabeça
Por causa desta busca incessante de respostas.
Dói-me a existência
Porque nem me conheço.
E são dores tremendas.
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