terça-feira, 24 de agosto de 2010

E se as horas parassem?
Devolvendo assim alguma calma
A esta minha existência inquieta?

E exterminar as guerras, as injustiças
E os conflitos mesquinhos e desprezíveis
Polinizando o amor existente em cada ser humano?

Estará este sonho muito distante
Da realidade que infelizmente nos rodeia?

Sonho por mim, e pelo Mundo.
Sonhar é grátis.
Há que sonhar...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Num perfeccionismo desmedido
Que extravasa os limites da obstinação,
Deixo-me andar assim perdido,
Em busca de uma amostra solidão.

E, esta sobriedade imaculada,
Aponta para um caminho distante,
Mas esse caminho não me leva a nada...
Continuo na mesma busca errante!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não sou o que sou

Não sou o que trago vestido,
Não sou os olhos que ostento
Não sou um coração dolorido
Não sou apenas um tormento.

Sou mais do que tudo o que sou,
Ainda que nem sequer o seja.
Alma, que sem ser astro, flameja
Diz que ainda nada começou.

Afinal sou ou não sou?
Eis, por fim, a questão.

A vida e a morte

A vida ensina-me, constantemente,

A morrer.

A aceitar a morte como que uma dádiva,

Semelhante à vida,

No entanto, mais clara e concisa.

Uma dádiva, sim!

De que serviria uma vida eterna

Uma vez que o sentimento de perda

Seria também constante e perpétuo?

Ser humano, é ser mortal.

E, ser humano é aprazível.

Confusão clara

Um cubo de gelo límpido
A flutuar, pouco à vontade, num copo
Meio cheio de água límpida
Ainda assim, prestes a transbordar.

Frio gélido numa noite de Agosto...
Que estranheza sinistra.
Noite que desfruto com gosto,
Apesar de estar prestes a transbordar.