Sem sair do meu lugar
(Isto, se é que tenho um)
De olhos estupidamente abertos
E nada vislumbro,
Culpa do rasteiro sol matinal
Ainda coladinho ao ombro
Do monte velho...
Mesmo sem nada ver,
Sigo com o meu caminhar
(Seja qual for o destino, não importa).
Respiro.
Caminho por caminhar,
Para não estar parado, imóvel...
Mas estou envolto em inércia pura,
Ligeiramente agitada pelos movimentos
De rotação e de translação
E pelas viagens do meu pensamento inquieto.