quarta-feira, 22 de abril de 2009

Horas negras

Olho-me ao espelho de frente,
Vejo-me num abismo profundo
Negro, imenso e imundo...
Parece-me que o espelho nao mente.

É noite lá fora na rua,
Cá dentro, apenas escuridão
Nem imagino que horas serão.
Sei que o tempo nao atenua.

Este meu estado de desgraça,
Esta vida que mal seguro.
Quem me dera melhor futuro.
E esta hora que nao passa...

(Há tanto tempo que nao chovia!)
Queria ser quem não sou,
Queria estar onde não estou,
Queria não dizer que queria...

E, estou assim eu.
Fruto de mim, infelizmente.
O meu coraçao nem se sente,
Se calhar nunca bateu...

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