quinta-feira, 9 de julho de 2009

Batalhas perdidas

Deserto.
Esta areia movediça
Que me suga o futuro
Para um local inerte,
Atormenta-me.
Circula-me numa torrente avassaladora
O sentimento de querer ser
Acordado com um balde de água gélida,
Abanado com um tremor de terra
(De magnitude impossivel),
de ser esbofeteado com a dura realidade...
Pois durmo um sono impermeável a sonhos,
Raiado apenas pelos gigantescos pesadelos
Que me abafam a respiração,
Que me elevam o batimento cardíaco,
Que me assustam quase de Morte!
Quem me dera que o Sol
Se erga bem alto e me acorde
Com um raio suavemente incomodativo,
Mas que me acorde...
Este sono pesado
Incomoda mais do que andar a chuva,
Mais até do que o facto de ter perdido
Outra batalha da mesma Guerra...
É sempre a mesma Guerra!

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