No que me tornei,
No que o tempo me transformou.
Um pedaço disforme e confuso
De qualquer coisa que desconheço.
Olhar o céu, e quase lhe tocar
Sem poder acordar do sonho
É um dilema moral que me atormenta,
Que me tolda os sentidos...
A noite envolve-me com ternura
Mas não me acalma nem me conforta
Só me trás mais ansiedade e desejo
Pelo amanhecer que tarda em chegar.
Lá fora, o movimento agitado
De começo de um novo dia.
Cá dentro, nada de novo,
São as dores do costume.
É triste não fazer ideia nenhuma
Sobre o propósito da minha existência.
Não nasci predestinado a algo nobre
Apenas nasci.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
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