segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Num claro retrocesso,
Volto a ser um menino
Que de luz acesa lê algo
Que não entende ao certo,
Por isso, fecha o livro,
Volta a apagar a luz
E sonha de olhos abertos para a escuridão...
Depois de mim.
Sou o que nem acho que sou.
Aquela condensação estranha de fumos
Negros e cinzentos, suponho.
Ou talvez não, ou talvez não...
Talvez a minha existência tenha de facto
Um propósito qualquer,
Complexamente distante do propósito
Que penso nem existir.
Vendo bem, eu sou daquelas pessoas
A quem foi atribuído o grande prémio da vida,
Que no fundo é a própria vida.
Ganhei ainda o prémio que é poder ver as flores,
Sentir-lhes o cheiro doce que encanta e adormece
Para assim poder fugir pela janela que nos faz voar.
(Para longe, longe...bem alto, alto).
Saiu-me a Sorte Grande e nem dei conta...
E posso amar,
E sou capaz de deixar amar.
Haverá algo mais belo que o Amor?

Nenhum comentário:

Postar um comentário