quinta-feira, 25 de março de 2010

Regresso

Esta melancolia assustadora,
Nesta fria noite de Março
Lembra-me coisas de outrora...
Momentos de puro cansaço.

Mudou tanta coisa entretanto
Mas, continuo a mesma mistificação
De névoa e fumo, o meu manto...
A minha mortalha de protecção.

Tinha saudades de falar comigo,
Há quanto tempo não me ouvia...
Deixei, por um tempo, de ser meu amigo
Esfumou-se, nessa altura, o que existia.

Uma sensação de vazio tremenda,
Uma solidão incalculável!
E esta pobre alma que não em emenda...
Sempre instável, sempre instável.

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